sábado, 21 de maio de 2011

GERANDO FILHOS ESPIRITUAIS




Texto escrito pelo Apóstolo Rina.

Uma das sensações mais agradáveis a um líder é a certeza de formar um corpo com sua congregação. Não importando a procedência de cada membro, o melhor é saber que somos “um”, que somos um corpo, que somos uma família. De fato, o conceito divino de Igreja nunca esteve associado a edifícios, programações, métodos ou organizações (que são, antes, necessidades humanas), mas ao conceito de família. A Igreja é um organismo vivo, uma família, originária dos relacionamentos entre pessoas que, por sua vez, relacionaram-se previamente com Deus por meio de Jesus. E o projeto de Deus para a Igreja é que essas famílias se reproduzam ao longo das gerações.

Deus olha para a humanidade pela perspectiva genealógica. Seu plano espiritual inclui a reprodução contínua da família, manifesta especialmente na geração de “filhos espirituais”. E se não dermos continuidade ao que está sendo feito, corremos o risco de presenciar a morte dos projetos de Deus no nosso meio. Quando não produzimos filhos, nossa posteridade espiritual é atrofiada, nosso legado é dissipado: tornamo-nos apenas um vento que passou numa geração, abortando a geração seguinte.
Um dos segredos do sucesso da Igreja primitiva está justamente na geração de filhos, expressa particularmente no texto bíblico em 1Cor. 4:15-17:
"Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como, por toda parte, ensino em cada igreja."
Nesse trecho, o apóstolo Paulo, na condição de pai da Igreja de Corinto (visto que a gerou no Evangelho), envia Timóteo para ministrar aos fiéis, como se ele próprio os tivesse ministrando. Timóteo, que fora treinado, ensinado e discipulado por ele, acompanhando-o em viagens e recebendo da mesma unção, como filho de primeira geração, poderia ministrar em seu lugar como se ele mesmo estivesse ministrando. Observe que (no verso 17) Paulo não diz, “Por meio de Timóteo, vocês se lembrarão dos caminhos de Deus, ou dos caminhos de Jesus”, mas, “[Ele] vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus”. O que Paulo quer dizer é que ele é um referencial, um modelo para a Igreja, que os fiéis devem viver do mesmo modo que ele, pois essa é a vontade de Deus. Foi por isso que a Igreja primitiva expandiu na terra.
A comprovação da perspectiva genealógica de Paulo é vista em 2Timóteo 2:2, quando diz a esse discípulo: E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. Paulo está orientando Timóteo a que, ao ouvir os testemunhos sobre ele, transmita-os a outras pessoas (que formarão uma segunda geração) e que essas pessoas sejam capazes de, da mesma maneira, transmiti-los a outras (que formarão a terceira geração e assim sucessivamente). E, à medida que Timóteo transmite os ensinamentos de Paulo a outros, e esses por sua vez, os passam aos seguintes, Paulo (pai de Timóteo) torna-se, avô, bisavô e tataravô de muitas gerações.
O mesmo deve acontecer conosco: Deus nos chamou a gerar uma linhagem espiritual e essa é também uma promessa para cada cristão. Deus deseja que nos tornemos pais espirituais e que, depois de nós, nossos filhos gerem outros filhos, perpetuando a família. Essa é a nossa herança e que deverá ser apresentada no céu, quando estivermos diante de Cristo. No “Dia do Senhor”, o fruto do nosso ventre é que será ofertado: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Salmo 127:3).
Não é fácil gerar filhos. Como a geração de filhos faz parte da mentalidade de um novo tempo, do despertar para a necessidade de paternidade da parte de Deus na terra, essencialmente, a geração de filhos é parte de um período de transição e todas as transições são muito difíceis. Quando Deus faz algo novo e somos obrigados a entrar em territórios desconhecidos, sentimo-nos desorientados, desgastados e pressionados e entramos em conflito muito facilmente.
Uma das primeiras dificuldades que enfrentamos é o fato de que a paternidade exige muito de nós. A chegada de um filho transforma completamente as nossas vidas, não apenas inserindo-nos em uma nova rotina, mas mudando o enfoque das nossas prioridades. Aquele que deseja gerar filhos deve pensar menos em si mesmo e concentrar-se no que Deus está realizando por meio de sua vida. É necessário pensar como Paulo, em 1Cor. 10:33: “assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos”; ter a atitude de desprendimento de Abraão, ao despedir-se de Ló, colocando-se em segundo plano para que a segunda geração tivesse a primazia (leia Gen. 13); e a abnegação do próprio Jesus que, “sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza vós vos tornásseis ricos” (2Cor. 8:9).
Há também que se superar dois sentimentos antagônicos: por um lado, a tristeza pela possibilidade de incompreensão por parte dos filhos (uma vez que, ao crescerem, eles geralmente se rebelam, os pais passam de heróis a retrógrados e existe sempre muita ingratidão); e, por outro lado, o ciúme que se possa nutrir intimamente por eles. No caso ministerial, esse problema é tão sério, que pode levar um líder não apenas ao sentimento de posse com relação aos membros (julgando-os seu rebanho em vez de rebanho do Senhor [leia 1Pedro 5:2]), como incorrerem em situações de competitividade com outros líderes, tão prejudicial à vida espiritual e à Igreja como corpo.
E, por fim, há que se vencer o próprio medo de envelhecer. Se gerar filhos significa tornar-se patriarca de gerações (ou seja, não apenas pai, mas avô, bisavô, e assim por diante), o que fatalmente implica em envelhecimento, há que se ter em mente o Salmo 92:14, que nos assegura que “Na velhice [os que geram] darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor”.
De fato, para gerar filhos é preciso seguir o exemplo de Elias. Elias foi um profeta muito ungido e que, ao transferir a sua unção para Eliseu, forjou as gerações vindouras dos filhos de Israel. As instâncias dos feitos de Elias são conhecidas: seu destemor ao desafiar o Rei Acabe e os caminhos tortuosos da nação israelense (1Reis 18:17-18), sua fé ao orar para que não chovesse sobre a terra por três anos e meio (lembrado pelo apóstolo Tiago, em Tg 5:17), o que realmente aconteceu; e são conhecidas também as suas falhas: por exemplo, por preferir andar sozinho a maior parte do tempo, Elias incorreu em situações de julgamentos errôneos e sentiu-se desencorajado, tornando-se propenso a ciladas do inimigo (leia 1Reis 19:3-4). Aquele que se isola sempre se torna um alvo fácil.

No entanto, ao transferir a capa a Eliseu, ao mesmo tempo que Elias lhe confere (e assim à geração seguinte) uma porção dobrada de sua unção, continua em sua posição de honra, pois, aquele que é enviado não é maior do aquele que o envia. Embora Eliseu tenha realizado o dobro das obras de Elias, Elias permaneceu como o profeta maior.

E o mesmo pode ocorrer conosco: se confiarmos os assuntos de Deus às gerações que nos precedem e as treinarmos a depender somente Dele (jamais de nós mesmos!), ao mesmo tempo que os veremos cheios de poder e realizando obras até mesmo maiores, perceberemos o nosso próprio crescimento. Quanto mais damos, mais recebemos de Deus. Quanto mais unção se transfere, mais o nosso vaso se enche. E, porque geramos, veremos o nosso próprio ministério triunfar em vitória.

Deus o abençoe,

Apóstolo Rina.





quarta-feira, 4 de maio de 2011

Grandioso Amor'


"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? (...) Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo." (Rm. 8:35 e 38-39)
Nada nesse mundo se compara ao amor do nosso Deus, amor incondicional, amor desmedido, amor puro, amor que escapula explicação e excede todo entendimento. Não havia nada em nós que fizesse-nos merecer tamanha graça, mas Ele escolheu nos amar, nos atraiu com cordas de amor, nos provou e compartilhou do seu amor através de Jesus Cristo .. sim Ele doou seu unigênito, coberto de glória, perfeito e santo por amor, afim de que pudéssemos viver em graça e experimentar a vida eterna. Éramos apenas criação, mas através do sacrifício fomos transformados seus filhos e co-herdeiros do Reino.
Estávamos perdidos, distantes, apáticos, o nosso pecado nos castigava e "não havia mais solução", seria o fim .. seria, mas Ele nos amou primeiro. Foi desprezado, tido como indigno, mas mesmo assim tomou sobre si as nossas enfermidades e dores, foi oprimido e ainda assim fez se conhecido de nossas transgressões, aceitou ser moído pelas nossas iniquidades só para que tivéssemos paz, o nosso castigo firmou-se sobre Ele e através de suas pisaduras fomos sarados. Andávamos desgarrados, cada um desviava-se pelo seu caminho, escolhia sua própria vontade, mas Ele, também por Sua vontade, fez cair sobre si os pecados de todos nós. Foi julgado, condenado, crucificado, mas não abriu a sua boca. Agradável era moê-lo pois, só através de sua morte alcançaríamos a vida. Sim, foi necessário um sacrifício para que o amor pudesse ser provado, foi necessário sangue para remissão dos pecados. 
Fomos comprados, gerados, redimidos e restaurados na cruz .. fomos salvos pelo amor, e ainda hoje esse amor é manifesto, ainda hoje somos convidados a procurar a salvação: "Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo. (...) Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." (Is. 55: 3 e 6).
Não é fácil, exige renúncia, negar-se a si mesmo, mas Ele não nos desampara, não nos deixou órfãos: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e está em vós." (Jo. 14: 16-17)
Jesus que amor é esse?! O que daremos nós por todos os benefícios que nos tem feito?!... Talvez passar pela cruz, quebrantar-se, arrepender-se .. Passar pela cruz e erguer um altar, ofertar-se e crucificar todo "eu" .. ou simplesmente passar pela cruz que ainda está manchada de sangue por tanto nos amar.
Esqueça os atalhos, o caminho que Ele nos preparou através da cruz e pelo seu amor é maior e melhor do que tudo que se pode imaginar. Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram e nem penetrou no coração do homem o que Deus tem preparado para os que o amam. 
Escolha a melhor parte, entregue-se ao Senhor sem reservas, derrame-se aos seus pés, deleita-te Nele para que possam se cumprir cada um dos desejos do seu coração. E não se esqueça, nem tampouco duvide, em hipótese alguma, do amor de Deus ... "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo. 3:16)
Que Deus te abençoe grandemente. 

"Grandioso amor, bem maior do que os problemas que esse mundo tem. Poderoso amor, que transforma nossas vidas e nos leva além. Generoso amor, que entregou seu filho pra morrer em meu lugar. Glorioso amor, que acalma as tempestades e me faz louvar. Amor melhor que tudo que essa vida possa oferecer, amor maior, que nos faz bem mais fortes e nos faz vencer .. Eu canto a Ti, Senhor, pra te agradecer tão precioso amor, que vem me transformar, que me dá vida eterna e vem me curar."  (')

Abraços e fique na paz!  =)