segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011



A crucificação de JESUS.

O processo da morte de JESUS teve inicio no Jardim do Getsêmani, antes ainda de sua tortura e
crucificação. Enquanto JESUS orava, o seu suor tornou-se como gotas de sangue que foram
derramadas sobre a terra, já anunciando o derramamento de seu sangue para a remissão dos
pecados de toda a humanidade. Suar sangue é um acontecimento muito raro, provocado por vários
fatores ao mesmo tempo, dentre eles podemos citar a fraqueza física e emocional, profunda emoção,
angústia e agonia provocadas por uma tensão em nível extremo. JESUS enfrentou isso ao carregar
sobre Si toda a sujeira da humanidade, de todas as épocas do mundo. A tensão vivida por JESUS fez
com que suas veias capilares fossem rompidas, seu sangue fosse misturado ao seu suor, escorrendo
por todo o seu corpo e sendo derramado sobre a terra.
E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de
sangue caindo sobre a terra. (Lucas 22:44)
Crucificação significa tortura e execução por fixação em uma cruz. De acordo com a história, foram
os persas que iniciaram a prática da crucificação, e o grego Alexandre (o grande) foi quem trouxe essemétodo para a região do Mediterrâneo e, finalmente, os romanos adotaram essa prática e passaram a
“aperfeiçoá-la”, desenvolvendo um alto grau de eficiência. A cruz romana tornou-se a mais cruel
forma de execução pública existente, por ser capaz de afetar dolorosamente todas as partes do corpo
ao mesmo tempo.
De acordo com relatos de médicos cristãos, antes de ser crucificado, JESUS foi açoitado ou
chicoteado. ELE foi despido de suas roupas e teve suas mãos amarradas a um poste, acima da altura
de sua cabeça. Pela lei dos judeus, a vítima não poderia receber mais do que 40 chicotadas, mas será
que os romanos seguiram essa lei e não ultrapassaram esse número? O chicote usado era feito com
várias tiras de couro e, nas extremidades das tiras, eram amarradas bolinhas de chumbo ou ossos de
ovelhas pontiagudos para dilacerarem a carne. Os soldados romanos lançaram os chicotes com toda
a força sobre os ombros, costas, nádegas e pernas de JESUS, fazendo com que, inicialmente, sua
pele fosse cortada. Em seguida, a cada golpe, as bolinhas de chumbo produziam profundos cortes e
hematomas até que a pele estivesse pendurada, em tiras, totalmente dilacerada e irreconhecível.
Então JESUS, quase desmaiado em função da dor, teve suas mãos desamarradas e caiu sobre uma
poça de seu próprio sangue. Em seguida, JESUS foi escarnecido pelos soldados romanos, que o
esmurravam no rosto e cuspiam-lhe. Foi atirado um manto sobre seus ombros e colocado um pau em
suas mãos como forma de humilhação. Como se não bastasse, pegaram um pequeno galho flexível,
coberto de grandes espinhos e o enrolaram em forma de uma coroa, pressionando-a sobre sua
cabeça. Aqueles espinhos penetraram no couro cabeludo de JESUS causando nova hemorragia – o
couro cabeludo é uma das regiões mais sensíveis e irrigadas de sangue do corpo humano – e uma
intensa e aguda dor. Os soldados continuavam a bater em JESUS, inclusive sobre sua cabeça,
fazendo com que os espinhos penetrassem mais ainda em seu crânio, causando-lhe mais e mais dor.
O manto, então, que já estava grudado aos ferimentos, foi retirado bruscamente de suas costas,
causando nova e intensa dor, como se Ele estivesse apanhando novamente.
Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos,
puseram-lha na cabeça, e na mão direita um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam,
dizendo: salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, tomaram o caniço, e davam-lhe com ele na cabeça.
(Mateus 27:28-31)
Os que detinham JESUS zombavam dele, davam-lhe pancadas e, vendando-lhe os olhos, diziam:
profetiza-nos quem é o que te bateu. E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando. (Lucas
22:63-65)
Após isso, amarraram sobre os ombros de JESUS a barra horizontal da cruz, que pesava cerca de 50
quilos (a barra vertical já estava posicionada no lugar da crucificação), obrigando-o a caminhar por
cerca de 800 metros, descalço, sobre um terreno irregular e cheio de pedras. Somando as feridas no
corpo, o peso da barra, a dificuldade de andar, a perda de sangue, a desidratação, o jejum de comida
e bebida, JESUS foi ao chão, fazendo com que a viga, cheia de farpas de madeira, esfolasse por mais
uma vez seus ombros e costas, aumentando ainda mais sua dor.
O sangue de CRISTO continuava a escorrer, então Ele foi deitado brutalmente, de costas, sobre o
braço vertical da cruz, para finalmente ser crucificado. Foram usados cravos de ferro pesados, de
formato longo (aproximadamente 15 cm), pontudos e quadrados. Os soldados colocaram os cravos
sobre as mãos de JESUS, e com golpes de martelos traspassaram-nas, mantendo seus pulsos
amarrados sobre a trave de madeira. Em seguida, Ele teve os pés cravados na cruz: um pé foi
colocado sobre o outro, tendo um cravo batido contra uma base de madeira, de forma a deixar os
joelhos um pouco dobrados. O corpo de JESUS ficou, então, pregado na cruz pelas mãos e pés.
À medida que seu peso levava-O para baixo, gerando uma dor insuportável, em virtude dos cravos
colocados nas mãos, JESUS fazia um esforço incomum para subir e aliviar a dor. Nesse momento
tinha início uma outra dor, agora nos nervos dos pés, uma vez que Ele simplesmente era obrigado a
apoiar todo o seu peso no cravo colocado em seus pés.
A posição que o corpo da vítima permanecia na cruz dificultava ao máximo a respiração. E assim
aconteceu com JESUS: o ar entrava em seus pulmões, mas a posição envergada do corpo dificultava
a saída deste. Seus pulmões cheios de ar não conseguiam mais se esvaziar, Ele começava, então, a
ser asfixiado. Para que JESUS pudesse respirar de forma normal, Ele deveria levantar seu corpo,
sustentando todo o peso sobre os pés encravados na cruz, além de movimentar seus ombros e braços
sobre os cravos. Isso produzia uma dor absurda nos nervos e músculos de todo o seu corpo, além de
raspar a pele já dilacerada contra a madeira. Para piorar, cada vez que JESUS fazia movimentos para
respiração, era obrigado a inclinar sua cabeça para trás, fazendo com que a coroa batesse contra a
viga de madeira, produzindo mais dores em seu crânio, em função da perfuração dos espinhos.
JESUS enfrentou isso tudo não somente para respirar, mas também porque queria falar.
Contudo JESUS dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.(Lucas 23:34)
Como se não fosse bastante toda a dor física, JESUS enfrentou outras ainda piores: a dor espiritual e
do abandono.
DEUS não tem parte com o pecado, por isso, ao tomar sobre seus ombros todas as formas de pecado,
de todas as épocas e de todas as pessoas, toda opressão do inferno, todo peso espiritual da maldade,
todas as enfermidades e toda a sujeira da humanidade, JESUS ficou separado do Pai.
Por volta da hora nona, clamou JESUS em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer:
DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste? (Mateus 27:46)
O sacrifício de JESUS na cruz estava chegando ao fim: Ele poderia permitir-se morrer e entregar seu
espírito ao Pai, mas não antes de sentir todo peso espiritual ao declarar:
Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. (João 19:30)
A frase “está consumado”, em seu original grego, significa “completamente completo e perfeitamente
perfeito”, por isso, entendemos que quando JESUS a expressou, não quis dizer que a guerra
espiritual havia chegado ao seu final, mas sim que
sacrifícios exigidos no antigo testamento não
eram mais necessários, uma vez que um novo caminho para achegar-se a DEUS estava aberto: a
salvação pela graça, por meio da fé em CRISTO e do Seu sacrifício de sangue. Além da oportunidade
de achegar-se a DEUS, esse caminho ainda possibilitou o livramento do engano, das mentiras de
satanás e das conseqüências do pecado. Esse sacrifício é completo e perfeito: completo no sentido de
ser o único aceitável para a nossa salvação diante de DEUS e perfeito por ter sido realizado pelo
próprio DEUS.
O término de uma crucificação acontecia ao quebrar-se as pernas das vítimas, a fim de impedir que
se levantassem para respirar. Uma vez que o peso do corpo estava voltado para baixo, o pulmão era
comprimido, acelerando o processo de asfixia. Ambos os ladrões, crucificados também naquele
momento, tiveram suas pernas quebradas, mas, ao se aproximarem de JESUS, os soldados viram
que não seria necessário quebrar as dEle e, aparentemente, para confirmar Sua morte, um dos
soldados furou-lhe o lado, na direção do coração.
Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado;
chegando-se, porém, a JESUS, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas
um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. (João 19:32-34)
O Criador de todas as coisas, que poderia facilmente salvar-se a si mesmo, decidiu enfrentar toda a
agonia, humilhação e sofrimento por amor à humanidade. JESUS sofreu essa morte para que nós
tivéssemos acesso a DEUS e ressuscitou, vencendo a morte, para que nós pudéssemos viver
eternamente ao seu lado.
A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. (Filipenses 2:8)

Extraído do estudo Mergulhando na Palavra.
 Bola de Neve Church.